que possas levar ao lume do horizonte;
depois mexe o azul com um resto de vermelho da madrugada, até que este se desfaça;
despeja tudo num bacio limpo, para que nada reste das impurezas da tarde.
Por fim, peneira um resto de ouro da areia do meio-dia, até que a cor pegue ao fundo de metal.
Se quiseres, para que as cores não se desprendam com o tempo, deita no liquido um caroço de pêssego queimado.
Vê-lo-ás desfazer-se, sem deixar sinais de que alguma vez ali o puseste;
e nem o negro da cinza deixará um resto de ocre na superficie dourada. Podes, então, levantar a cor até à altura dos olhos, e compará-la com o azul autentico.
Ambas as cores te parecerão semelhantes, sem que possas distinguir entre uma e outra. Assim o fiz e deixei a receita a quem quiser, algum dia, imitar o céu.
Nuno Júdice
4 comentários:
Que lindo!!
Muitos beijinhos e boas entradas com azul à mistura!
Olá
Vim desejar um excelente ano de 2009 com muito amor e saúde...
:))
Bjocas
Desculpa entrar sem bater
Fabuloso!
Mil beijinhos,Sofia,Pedro e Joana
Olá, eu não resisto a levar este texto para o meu cantinho!
Beijinhos, Sofia,Pedro e Joana
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