quarta-feira, 1 de julho de 2009

"não gostas de tar aqui comigo?"

- É-me indiferente! - disse ela ao mesmo tempo que encolhia os ombros e fazia uns barulhinhos com a boca.
- Ok!- afastando-se dela - então se é indiferente podes ir embora!
- Não! Não foi bem isso que quis dizer... Oh, vais amuar é?
- Não! - virando-se para o lado da porta do carro. - Não quero saber, disses-te que era indiferente!

Ela olhou para ele. Ele não reagiu. Ela riu-se por dentro, pensou no que tinha dito, e da forma como o tinha feito, num momento que até podia ser especial!
Ele olhou para ela e disse:

- Olha, sabes que mais... Pede desculpa, vá!

Ela riu até não poder mais, já lhe doía a barriga e disse:

- Se eu não pedir tu choras é!? Não sejas assim... Fazer birras é muito feio.
- Está bem.. então não peças!

Ela foi até perto dele, meteu-lhe a mão na barriga e disse:

-Desculpa!

Ao mesmo tempo que os seus lábios se aproximavam dos dele e se fundiram os dois num beijo sem fim.




Com o som da chuva como fundo abraçaram-se e adormeceram, assim, sem mais nem menos dentro do carro.

(...)


- Vou-me deitar - disse ela.
- Eu também já me vou deitar! Amanhã tenho de acordar cedo, mas até que ficava a dormir no carro, agarradinho a ti.
- Eu também, para sempre!





(Histórias de uma vida - continua)

Sem comentários: