O marido de Rute, Ricardo Mendes, deu uma entrevista à LUZ onde relata alguns momentos passados com a jornalista neste ultimo ano de vida, desde que se descobriu que estava doente... e houve algumas palavras que me fizeram viver alguns momentos passados anteriormente comigo, foi com palavras de amor e carinho, dedicação e orgulho que venho aqui relatar o quanto me tocou esta reportagem.
Começa por uma pergunta da LUX que diz:
LUX- Onde é que acha que ela foi buscar tanta força para lutar?
RICARDO MENDES- Ao nosso amor, aos sonhos que tinha por concretizar e ao trabalho. (...) Em Março, depois de uma recaída grave, conseguiu recuperar e, num encontro na nossa igreja, disse uma coisa que me marcou muito: 'Sei para onde vou e não tenho medo de morrer, mas não quero deixar o meu marido sozinho.'
(Isto mostra realmente que existia um grande amor entre os dois, uma coisa que me comove.. Ela saber que está gravemente doente e pensar no futuro do marido, depois da sua partida! É amor! E acho que esta vai ser a minha definição de amor, nunca vou esquecer esta frase... Mas há mais...)
LUX- Os médicos alguma vez disseram que não havia nada a fazer?
RICARDO MENDES- Sim, a dada altura, em finais de Setembro, disseram que já tinham esgotado todas as hipóteses e que ela tinha pouco tempo de vida. foi nessa altura que tivemos uma conversa séria e foi a unica vez que falámos directamente sobre a doença. Eu chorei e disse: "Amor, não me deixes, não vou conseguir viver sem ti." E ela, que era lutadora por natureza, respondeu: "Já não aguento mais." Para ela me dizer isto é porque já tinha ultrapassado o limite das suas forças. Ela passou por coisas inimagináveis...
Aqui, vieram-me as lágrimas aos olhos...
Não tenho mais comentários, foi uma entrevista que ultrapassou as expectativas, concertesa!
Descansa em Paz, Rute.
1 comentário:
É impossivel ficar indiferente a estas palavras.
É uma dor que dura para toda a vida, mas que aprendemos a superar e a aceitar. Somos sem duvida muito mais fortes do que aquilo que julgamos ser.
Gostaria de ler na integra toda a reportagem mas infelizmente não consegui adquirir a revista a tempo.
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